Por Vladimir Neiva
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) está mexendo com os alicerces da ciência do universo de um jeito até então inédito: aquele montão de suposições que tínhamos sobre como tudo começou, as estrelas, os planetas e até nós mesmos, a tal “espécie humana”, está tudo indo por água abaixo com as novidades que o James Webb está trazendo. É como se a gente tivesse encontrado um novo álbum de fotos da família cósmica, só que de bilhões de anos atrás!
O telescópio
Primeiro de tudo, vamos entender rapidinho o que faz o JWST ser esse viajante cósmico tão especial. Ele é basicamente um super telescópio que foi lançado lá pro espaço pra dar uma espiadinha no universo, principalmente em uma luz que a gente não consegue ver aqui da Terra, chamada infravermelho. Com essa habilidade, ele consegue ver através de nuvens de poeira espacial e espiar as estrelas e “galáxias bebês” que estão nascendo agora e as que nasceram logo após o Big Bang, considerado o marco zero do universo como nós o conhecemos. É tipo ter um par de óculos mágicos que te mostra o passado distante do universo.
Agora, vamos ao que interessa: as descobertas do JWST estão fazendo os cientistas coçarem a cabeça. Uma das coisas que ele viu lá no início dos tempos, através da propagação da luz ancestral pelo cosmos até ser captada pelo telescópio, são galáxias que são muito mais maduras e desenvolvidas do que a gente esperava. Imagine só, é como se a gente tivesse encontrado uma criança de cinco anos falando cinco línguas. A gente achava que as primeiríssimas galáxias seriam umas coisinhas pequenas e desorganizadas, mas o James Webb está mostrando umas que já são grandonas e bem arrumadinhas, com bilhões de estrelas, e isso logo após o Big Bang. Isso está fazendo os cientistas pensarem que talvez o universo tenha começado a se organizar mais cedo e mais rápido do que se imaginava.
Descobertas
Outra coisa excepcional que o JWST descobriu são essas estrelas super velhas, chamadas pelos astrofísicos de “estrelas da população III”, que são praticamente as avós do universo. Elas são feitas só dos ingredientes mais básicos, hidrogênio e hélio, porque eram as únicas coisas que existiam logo depois do Big Bang. Achar essas estrelas é tipo encontrar uma chave para o entendimento definitivo do universo, porque elas podem contar muito sobre como tudo começou. E o mais intrigante, o JWST está detectando os sinais dessas estrelas onde a ciência nem esperava.
Então, o que tudo isso significa? Bom, é como se a história da origem do universo que vinha sendo contada tivesse algumas páginas rasuradas…ou até faltando! Com o James Webb, a gente começa a preencher essas lacunas e, às vezes, até reescrevendo alguns capítulos. Essas descobertas estão desafiando o que se pensava saber sobre como as galáxias se formam, como as estrelas começaram a brilhar e até mesmo sobre a própria estrutura do universo.
O Futuro
O mais intelectualmente instigante de tudo isso é que estamos só no começo. O JWST vai continuar mandando informações e imagens que vão, sem dúvida, fazer a ciência questionar ainda mais suas teorias e talvez até mesmo a nossa própria existência. É um momento empolgante para a humanidade, porque cada nova descoberta é um passo a mais na longa caminhada para entender o grande mistério de como tudo começou. E aí, preparado para questionar tudo que você achava que sabia sobre o universo? Porque pelo jeito, a aventura espacial e as descobertas estão apenas começando!
Vladimir Neiva é empresário do setor editorial de João Pessoa-PB.