Posted by Por Vladimir Neiva
E aqui estou eu, como um velho colecionador de novas descobertas, navegando pelas melodias de Ed Sheeran. Quem me lê já advinha o bom motivo. Sim, ela mesma: minha neta Marina, com seus 14 anos, é fã ardorosa do cantor. Após a revelação de como tem sido prazeroso ampliar o repertório comum a nossos universos musicais, resolvi mergulhar na música de Mr. Sheeran, assim como já havia feito com Taylor Swift. E que jornada tem sido!
Através dela, estamos não apenas compartilhando gostos, mas também sentimentos, histórias e visões de mundo. Por exemplo, quando ouvimos juntos “Photograph”, eu vejo os olhos de Marina brilharem, como se antecipassem a emoção de estar diante do cantor, na plateia do próximo Rock in Rio (após ela já ter comprado seu ingresso, claro!). A letra fala sobre guardar memórias e manter as pessoas que amamos perto de nós, mesmo quando estão longe. Isso me faz pensar em todas as fotos que tenho guardado: meu pai; Dona Lala, minha mãe; meu irmão Carlito, minhas irmãs, minhas três filhas; instantâneos de lugares e viagens. Fotos estão na base afetiva do início de nossa família. A música nos dá um terreno comum para conversar sobre a importância de manter as memórias vivas.
Colocar as canções de Sheeran para tocar rende sempre boas conversas. Em “Castle on the Hill”, Ed Sheeran canta sobre voltar para casa e lembrar da juventude. Isso me dá a chance de contar à Marina sobre minha própria juventude, as brincadeiras de infância no Edifício Palomo, o trabalho no estúdio fotográfico de Seu Neiva, meu talentoso pai, os amigos engraçados de longa data. E ela, por sua vez, compartilha suas próprias histórias e sonhos, criando um diálogo intergeracional valioso.
Agora nessa parte do texto, compartilho com vocês outras canções do artistas que recém conheci, mas que de alguma forma já me marcaram… mas pensando bem vou reservar isso para a parte 2 deste texto.
Vladimir Neiva é empresário do setor editorial de João Pessoa-PB.